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De Richard Strauss

ÓPERA

Ariadne em Naxos

Uma Ópera Sublime e Emocionante

A Ópera que se apresenta no palco é baseada na lendária história mitológica de Ariadne, a princesa abandonada por Teseu na ilha de Naxos. Quando a cortina se abre, Ariadne encontra-se deitada diante de uma caverna, cercada por suas ninfas companheiras - Dríade, Náiade e Eco - que, juntamente com Zerbinetta e Arlequim, tentam despertá-la com uma canção. No entanto, Ariadne não ouve nem vê. Ela aguarda ansiosamente a chegada do mensageiro da morte, que a libertará de sua vida marcada pela solidão e pelo desespero. Após ser abandonada por Teseu, ela apenas anseia por uma fuga definitiva.

Zerbinetta e seus parceiros, Arlequim, Truffaldino, Brighella e Scaramuccio, tentam mais uma vez animá-la, usando canções e danças alegres. Porém, é Zerbinetta quem, com seu recitativo e ária, fala diretamente com Ariadne. Ela a lembra das inconstâncias dos homens, da vulnerabilidade das mulheres e da dualidade entre a dor de um amor perdido e a tentação de iniciar um novo. Ariadne, tocada pelas palavras, retira-se em reflexão para sua caverna.

Os comediantes, por sua vez, se envolvem em um jogo de flertes e Zerbinetta se entrega ao romance, saindo repentinamente com Arlequim, deixando os outros para trás. As ninfas, alertas, percebem a aproximação de um navio e anunciam a chegada de uma “radiante maravilha”, um jovem deus. Este deus, que se revela ser Baco, se faz ouvir, e Ariadne, em sua confusão, inicialmente o saudando como Teseu, logo se corrige, reconhecendo-o como o mensageiro que esperava para levá-la à outra vida, onde o sofrimento e o esquecimento dominam.

Evelyn De Morgan - Ariadne in Naxos 1877  - (MeisterDrucke-227996).jpg

Baco, emocionado, revela sua verdadeira natureza divina e, com grande ternura, garante a Ariadne que ela jamais sofrerá novamente, pois "as estrelas morrerão antes que ela, Ariadne, morra em seus braços". Segue-se um dueto profundo e apaixonado entre os dois, e um pálio desce do céu estrelado, envolvendo os amantes. A melodia das ninfas ecoa uma última vez, enquanto Zerbinetta, ao longe, comenta: "Quando o novo deus surge, as mulheres se rendem, sem uma palavra..." A ópera culmina com as vozes estáticas de Ariadne e Baco, encerrando essa história de amor e redenção divina.

Esta Ópera, com sua combinação de mitologia, emoção e complexidade humana, não é apenas uma obra teatral, mas uma experiência sensorial que toca o coração, explorando a dor, o amor e a busca pela libertação, com a grandiosidade da música operática conduzindo cada momento. 

A Ópera Ariadne auf Naxos, de Richard Strauss, é uma das mais fascinantes e inovadoras do repertório operístico. A obra combina de maneira única elementos de comédia e tragédia, baseando-se na mitologia grega de Ariadne.

Estreada em 1912, em Stuttgart, Ariadne auf Naxos é a terceira colaboração entre Strauss e o libretista Hugo von Hofmannsthal, sendo uma das peças mais refinadas do repertório de Strauss. A obra ganhou sucesso imediato, não apenas pela sua música sofisticada, mas também pela profundidade emocional que Strauss consegue extrair de seus personagens. A combinação da grandiosidade da orquestração de Strauss com a complexidade dramática da ópera, que alterna entre momentos de intensa carga emocional e cenas de comédia, revela a maestria do compositor em trabalhar com contrastes e emoções humanas universais.

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A Ópera que Encanta o Brasil: Ariadne Chega aos Palcos Nacionais

No Brasil, já foram apresentadas algumas das principais obras orquestrais de Strauss, como seus renomados poemas sinfônicos, que têm sido recebidos com grande entusiasmo pelo público brasileiro. Agora, será a vez de Ariadne auf Naxos subir aos palcos brasileiros, trazendo a beleza e a complexidade dessa obra-prima do repertório operístico. Esta será uma oportunidade única para o público brasileiro se conectar com a música de Strauss de uma forma ainda mais profunda, vivendo a grandiosidade da sua orquestração e a intensidade dramática de sua ópera.

Ariadne auf Naxos não é apenas uma Ópera sobre a mitologia grega, mas uma obra que explora temas universais, como o abandono, o amor e a redenção. Richard Strauss, com sua habilidade incomparável em compor, segue sendo um pilar essencial da música clássica, e a apresentação desta obra no Brasil representa mais um marco no reconhecimento da genialidade de Strauss no cenário musical mundial.

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